SEM DÓ, SESI DOMINA O CAMPINAS, VIRA A SÉRIE E É TRICAMPEÃO PAULISTA


No discurso após "a briga", o pedido de desculpas. Mas, além do reconhecimento de que a postura na primeira partida da final do Campeonato Paulista não foi das melhores, os jogadores do SESI fizeram da confusão o combustível para dar a volta por cima. Depois de perder o jogo e largar atrás na decisão, a equipe da capital não deu mais qualquer chance ao Campinas. Empatou o duelo com um domínio absoluto no último sábado e repetiu a dose nesta segunda-feira. No confronto decisivo, fez valer a maior experiência do time e atropelou os rivais do interior no ginásio da Vila Leopoldina. Venceu por 3 sets a 0, parciais 25/19, 25/17 e 25/17, e conquistou o terceiro título da competição, o segundo seguido.
Formado em 2009, o Sesi foi campeão paulista logo na estreia. Depois do vice no ano seguinte, conquistou o bi em 2011. Agora, comemora o tricampeonato.
- É um timaço, e é uma responsabilidade muito grande tomar conta desse time. Ficou muito claro que nosso time não é o do primeiro jogo. É um time que acabou crescendo, se juntou muito depois da confusão. Nós ficamos envergonhados com aquilo. Nosso time é de vôlei, e só jogamos vôlei. Procuramos nos juntar e ir em busca do que construímos - disse o técnico Giovane Gávio, logo após a partida, em entrevista ao SporTV
Lorena, um dos principais jogadores da equipe na partida desta segunda e na campanha, afirmou que o título do Paulista é apenas o começo. Segundo o oposto, o Sesi tem qualidade para buscar o bicampeonato da Superliga e repetir o feito da temporada 2010/2011.
- A equipe jogou demais, parabéns para todos. Superamos aquele episódio ruim e mostramos na bola do que somos capazes. Tenho certeza de que essa equipe vai brigar com todo mundo e é uma das mais favoritas. A Superliga é muito mais difícil, mas confio muito nessa equipe - disse Lorena.
Do outro lado, o Campinas pareceu perdido em erros. Depois de um início de jogo equilibrado, a equipe do interior não conseguiu repetir o padrão da primeira partida da série. Após o vice-campeonato, o técnico Marcos Pacheco lamentou.
- Não podemos tirar os méritos do Sesi. No sábado, acho que o Sesi jogou uma bela partida. Hoje, no primeiro tempo principalmente, poderíamos ter feito melhor. Infelizmente, nosso saque não entrou. Fizemos um belo jogo em Campinas, mas não conseguimos manter o padrão.
Sesi atropela o Campinas
O jogo começou com muitos erros dos dois lados. Na invasão do levantador de Campinas, Murilo, o Sesi saiu na frente. Assim como na partida de sábado, a equipe da casa conseguiu escapar no placar. Abriu três pontos e foi para a primeira parada técnica em vantagem: 8/5. O Campinas, no entanto, conseguiu recuperar. Chegou a ficar a apenas um ponto do empate, mas Éder, pelo meio, fez 17/14 e fez crescer a diferença mais uma vez.
O central, aliás, era a maior arma da equipe da capital àquela altura, ao lado de Lorena. O oposto brilhou pouco depois. Quando todo time do Campinas esperava uma das tradicionais pancadas do rival, Lorena deu toque de categoria e mandou no fim da quadra, fazendo 19/16. O Sesi, então, voltou a disparar. Em um ataque pela ponta, Cleber fez 22/17. Na sequência, Sidão marcou o primeiro ponto de bloqueio na partida. André Heller mandou uma pancada pelo meio, com raiva, e tentou chamar o time para a reação. Mas, em um erro de saque de Rivaldo, os donos da casa fecharam a parcial: 25/19.
Foi Cleber quem abriu a contagem no segundo set. Lorena, em uma pancada no saque, ampliou a vantagem para 2/0. O Campinas ainda errava muito. E, com facilidade, o Sesi foi para a primeira parada técnica com 8/4. Jurquin e Rivaldo tinham problemas para virar as bolas pelo time campineiro, e a equipe da casa fez 11/6.
Só que o Campinas encostou. Jurquin foi para o saque, e os visitantes cresceram. Conseguiram quatro pontos seguidos, e o placar já marcava 12/10. Mas, depois de um pedido de tempo do técnico Giovane Gávio, o cubano errou o saque, e o Sesi freou a reação. Em um ataque pela diagonal, Lorena levou o placar para 21/15, na maior diferença da parcial até então. Mas ainda dava tempo para mais. No fim, a vantagem chegou a oito pontos, e o time da capital fechou em 25/17.
O técnico Marcos Pacheco tentou mudar o time para o terceiro set, em busca da reação, mas novamente esbarrou em erros. O Sesi, tranquilo, fez 7/2 com um ace de Éder, um dos melhores da partida. Na sequência, Murilo usou o bloqueio rival para fazer 8/2, e o Sesi foi com seis pontos de vantagem para a primeira parada técnica.
A partir daí, foi uma aula. O Campinas, sem poder de reação e com muitos erros, pouco conseguiu fazer para impedir a vitória dos rivais. Ponto a ponto, o Sesi caminhou tranquilo para a vitória. Fez 25/17, garantiu o triunfo e fez a festa em quadra para comemorar o terceiro título estadual da história da equipe.


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